sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

TRANSFORMAR CONTOS EM ROMANCES

Este é o projeto que tenho para dois dos meus contos: História do mundo e À procura. Parecia uma tarefa fácil, já que, como disse aqui em 11/11/2009, a única diferença entre meus contos e meus romances é o número de páginas, e não a estrutura. Acontece que há uma série de outros elementos que são menos desenvolvidos nos meus contos – daí o menor número de páginas. Por isso mesmo parecia fácil: bastaria descrever a ambientação, desenvolver melhor a caracterização das personagens, acrescentar alguns diálogos para confirmar as informações e pronto: o conto tinha virado romance. Parecia fácil...
Aproveitando que não estou envolvida em nenhum projeto de criação e escrita, pensei executar logo essa tarefa, e resolver a vida das duas histórias que acabam ficando no limbo. Foi quando descobri que essa transformação não é nada fácil. Percebi que, se não descrevi o ambiente, nem as personagens, é porque esses elementos não são importantes e, na verdade, eu nem sei direito onde a história se passa, nem qual o aspecto físico das personagens. Então não é uma questão de desenvolver: em alguns casos é preciso criar!!
Quando estava revisando o texto sobre os TÍTULOS, percebi que não constavam os contos e resolvi inclui-los. E foi explicando o título de À procura que eu encontrei o gancho para desenvolver a caracterização das personagens: a procura individual de cada um. De repente eu vi as personagens interagindo novamente, cada qual conforme seu objetivo pessoal. Foi como uma luz que se acendesse, e eu peguei uma folha em branco para registrar a idéia – anotar o que cada um procura.
Preciso também situar melhor o local da expedição, com o nome da cidade, nome da gruta – ou das grutas, conforme o local que vou escolher. Então, sabendo exatamente onde a história se passa, poderei acrescentar características regionais às personagens, como entonações e vocabulário.
E não bastará acrescentar as partes novas no texto que já existe: será preciso reescrever, como fiz com O canhoto. É claro que a seqüência de eventos é a mesma, e vou aproveitar todo texto que puder – afinal, o original não é um texto descartado (ruim) – mas o trabalho será realmente de reescrita.

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Mestre em História e Crítica da Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dedica-se à literatura desde 1985, escrevendo principalmente romances. É Membro Correspondente da Academia Brasileira de Poesia - Casa Raul de Leoni desde 1998 e Membro Titular da Academia de Letras de Vassouras desde 1999. Publicou oito romances, além de contos e poesias em antologias. Desde junho de 2009 publica em seu blog textos sobre seu processo de criação e escrita, e curiosidades sobre suas histórias. Em 2015, uniu-se a mais 10 escritores e juntos formaram o canal Apologia das Letras, no Youtube, para falar de assuntos relacionados à literatura.

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